sábado, 16 de agosto de 2014


O PECADO SEM POSSIBILIDADE DE PERDÃO
Marcos 3: 28 – 29
I João 5: 16 – 17
Mateus 12: 31 – 32
Questão levantada em 03 de Agosto de 2014
Há pecado sem perdão? O que dizer de pecado para a morte?

Os judeus distinguiam duas classes de pecados. Havia os pecados que um homem cometia involuntariamente, ou ao menos, não deliberadamente. Estes eram os pecados que se podia cometer por;
1.      Ignorância. Onde o conhecimento da lei era incapaz de esclarecer ao pecador a inocorrência do erro que ele estava cometendo. Ou seja a falta de conhecimento o isentava da culpa do pecado, porém não inteiramente, sansões eram impostas objetivando lembra-lo que dantes houvera cometido tal pecado.
2.      Auto controle. Quando o pecador era arrastado ao pecado por algum impulso descontrolado ou num momento de forte emoção, quando suas paixões eram tão intensas que escapavam ao domínio da vontade. Esses eram os pecados pelos quais os incorrentes podiam ser perdoados.

Também eles identificavam uma outra classe de pecados, pelos quais não buscavam perdão para os que cometia, estes eram os pecados cometidos com a intensão do ato.
Pecado intencional são aqueles cometido deliberadamente, quando o pecador tinha plena consciência de estar pecando; o pecado do homem que orgulhosamente desafiava a vontade de Deus, fazendo sua própria vontade. O sacrifício podia expiar os pecados da primeira classe; mas para os pecados de soberba deliberados, não havia sacrifício que pudesse expiá-los.

Blasfêmia
Blasfemar consiste no ato de falar injuriosamente contra uma divindade, o termo deriva do Latim tardio “Blasphemare” e do Grego “βλασφημέω” cujo significado em ambas as situações é “Eu prejudico a reputação”.

Propostas
Segundo o teólogo Alfred Plummer. A visão do pecado sem perdão pode ser classificada das seguintes formas;
1.      Os pecados de morte são aqueles passíveis de morte. Mas é claro que significa muito mais. Esta passagem não está pensando naqueles pecados que quebrantam as leis humanas, por graves que sejam.

2.      Os pecados de morte são pecados que Deus visita com a morte, quando o castigo de Deus é a morte. Paulo escreve aos coríntios que, por causa de seu vergonhoso comportamento na mesa do Senhor, muitos deles estão doentes e outros dormem, quer dizer, morreram I Coríntios 11: 30; e nos sugere que a referência aponta a pecados tão graves que Deus castigou a seus autores com a morte.

3.      Os pecados de morte são pecados castigados pela Igreja com a excomunhão. Quando Paulo escreve aos coríntios a respeito do notório pecador a quem não tinham tratado como deveriam fazê-lo, pede que "seja entregue a Satanás". Esta era a expressão usada para a excomunhão. Mas Paulo continua dizendo que, grave como é semelhante castigo, e dolorosas como podem ser suas consequências corporais, está destinado a salvar a alma do homem no dia do Senhor Jesus I Coríntios 5: 5.
Deus perdoa todo e qualquer pecado, independentemente da sua gravidade, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não tem perdão, em nenhuma hipótese. E isso não deixa de ser assustador. 

Outras correntes trabalham essa questão baseada nas seguintes perspectivas.
1.      Creem que esse pecado ocorra quando alguém atribua conscientemente uma ação inspirada pelo Espírito Santo a Satanás e seus demônios. Por outro lado, a própria Bíblia nos diz para testar o que está por trás de qualquer manifestação espiritual I João 4: 1 e alerta para nos acautelarmos contra falsos profetas, vestidos em pele de cordeiro Mateus 7: 15

Parece absurdo, então, pensar que, se durante esse teste, a pessoa fizer uma confusão, por falta de discernimento espiritual, ela estaria sujeita a incorrer num pecado sem perdão. Certamente essa também não é a resposta correta.

2.      Uma outra possibilidade é que esse pecado se refira à falta de fé em Jesus. E a menção ao Espírito Santo deve-se ao fato de que cabe a Ele nos convencer do pecado e da justiça divina João 16: 7 - 11. Isso porque, se as pessoas não aceitaram Jesus é porque rejeitaram a ação do Espírito na vida delas. Mas denominar essa descrença de blasfêmia é um exagero e essa explicação também não parece adequada.


Segundo o teólogo e comentarista William Barclay em seu comentário sobre I João 5: 16 – 17. Temos uma incógnita, devido ao fato de que o texto em si não nos fornece argumentos suficiente para fechar o caso. Pois em sua visão ainda há mais três sugestões com relação à identificação deste pecado que é o pecado "para morte".

(a)    Diz Barclay. Há no Novo Testamento uma linha de pensamento que aponta para os pecados posteriores ao batismo. Eram aqueles para aqueles que o batismo já havia cancelado, mas que depois do batismo não havia perdão para o pecado. Em Hebreus achamos rastros dessa linha de pensamento:

É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” Hebreus 6: 4 – 6.

Na terminologia da Igreja primitiva, ser iluminado era frequentemente um termo técnico para ser batizado. Precisamente por esta razão muitos pospunham o batismo até os últimos momentos de sua vida. Mas a verdade essencial dessa afirmação de Hebreus é que a restauração resulta impossível quando se voltou impossível o arrependimento. A relação não se faz tanto com o batismo como com o arrependimento.

(b)   Posteriormente houve na Igreja primitiva uma forte linha de pensamento para a qual a apostasia jamais poderia ser perdoada. Nos dias das grandes perseguições havia aqueles que pensavam que os que por medo ou sob tortura negavam sua fé jamais poderiam ser perdoados. Pois Jesus havia dito:

“Aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” Mateus 10:33;  Marcos 8:38; Lucas 9:26.

Mas devemos lembrar sempre que o mesmo Novo Testamento nos relata a terrível negação de Pedro e sua restauração por graça. Logo esse argumento se torna vazio uma vez que a própria bíblia o refuta.  Devemos nos lembrar que Jesus mesmo deu a Pedro outra oportunidade para redimir-se. De acordo com o que sucede frequentemente, vemos que Jesus foi sempre mais gentil e sensível e compreensivo que sua Igreja.

(c) Poderia argumentar-se desta mesma Carta de João que o mais terrível de todos os pecados é negar que Jesus realmente veio na carne, porque esse pecado é nada menos que a marca do Anticristo I João 4: 3. E se o pecado de morte deve ser identificado com um pecado em particular, deve ser certamente com este. Mas pensamos que há algo mais que isso.


O que a bíblia nos diz
Retomamos o significado do termo Grego para blasfêmia, “βλασφημέω”, em consonância com o texto de Mateus 12: 31 – 32, vamos encontrar que esse pecado “para a morte”, consiste nessa blasfêmia. Ora Jesus chegar a citar que até mesmo o pecado contra Ele seria perdoado, mas esse pecado, essa blasfêmia não seria perdoada, como podemos entender isso? Podemos olhar para o Espírito Santo como o que Ele realmente é, o Consolador, Aquele que, segundo Jesus ficaria conosco para sempre, isso significa que é Ele quem nos alimenta, nos alegra, nos corrige e nos dirige todos os dias.
É o Espírito Santo quem convence o homem do PECADO da JUSTIÇA e do JUIZO. Papel desta pessoa é tão importante e fundamental para salvação do mundo que jamais pode ser aceito que alguém fale contra a reputação do SANTO ESPÍRITO.


A bíblia chega a dizer que Ele é a fonte da verdade. A expressão habitar significa um constante compartilhar da mesa dos atos, da fé, da esperança e do amor.
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.” João 14: 16 – 17

O Espírito Santo é Deus vivendo naqueles que creem. A Bíblia diz que o Espírito Santo viria e habitaria em todo aquele que crer, pois promessa da sua vinda anunciada primeiro por Joel e tantos outros e confirmada por Jesus, se cumpriu 50 dias após sua acessão aos céus.  
“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mateus 18: 19 – 20

O Espírito Santo está presente em tempos de tribulação, paz, guerras, dor, alegrias, tristezas, em tempos de farturas e de escassez também. A Bíblia diz;
Mas, quando vos entregarem, não cuideis de como, ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será dado o que haveis de dizer. Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” Mateus 10:19-20

O Espírito Santo nos ajuda e nos ensina a adorar a Deus. Não sabemos pedir, não sabemos orar, o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. É ele que nos motiva à adoração é ele que nos mostra os feitos gloriosos de Deus em nossa vida. É ele que quebranta os nossos corações para entendermos quem nós somos e dirige o nosso olhar para Deus, autor e consumador da nossa fé. A Bíblia diz;
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4: 23 – 24.

Logo encontramos na pessoa do Espírito Santo, o caráter, o amor, a paciência e perdão em fim toda a essência de Deus, porque Ele é Deus. Falar contra Sua reputação demonstra não apenas desrespeito, mas também repúdio à pessoa do próprio Deus. Paulo falando aos Romanos nos mostrar que tal ato é considerado imperdoável, pois assim diz a palavra;
“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” Romanos 1: 20 - 21

Logo se Pedro negou a Cristo e foi perdoado, o pecado dele não foi para a morte. Pessoas em desespero muitas vezes são traídas pelas suas próprias consciências de acabam negado o mesmo.

“Eu Humberto Lacerda, não tenho autoridade para dizer que essas pessoas pecaram para a morte e que seus pecados não têm perdão”

Entendemos que este “”, esse pecado contra o Espírito Santo existe quando a pessoa incorre no ato de não apenas resistir à ação do Espírito Santo, mas acabe se voltando contra Ele, exigindo ser "deixada em paz". E às muitas vezes fazendo isso com ódio e revolta.

O resultado é que o Espírito Santo desiste de tentar convencer essa pessoa a mudar e a deixa à sua própria sorte, como ela mesmo pediu, porque Deus não invade os nossos corações, a nossa vida, mas dá a cada um a oportunidade de sermos salvos. E sem a ação do Espírito Santo, nunca essa pessoa vai ter consciência dos seus pecados e aceitar Jesus e, portanto, não será perdoada por Deus.

Que tenhamos os nossos ouvidos desobstruídos para ouvirmos o falar do Espirito Santo. Que tenhamos os nossos corações sensíveis para sentirmos o toque do Espírito Santo. Que retenhamos uma mente aberta para entendermos o ensinar do Espírito Santo, que nos busca a cada dia. Que nos ama a cada minuto. Que nos instrui a cada segundo.

Que o AMOR de Deus. Que a GRAÇA do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo e as CONSOLAÇÕES do Santo Espírito seja conosco hoje e eternamente.


Por Humberto Lacerda.


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